A noite desta quinta-feira (16), foi marcada por uma série de estreias e oportunidades inéditas para a Seleção Brasileira. Pela primeira vez, o Brasil de Fernando Diniz encarou a Colômbia do técnico Néstor Lorenzo e do ágil atacante do Liverpool, Luiz Diaz. No Estádio Metropolitano de Barranquilla, a Seleção Brasileira abriu o placar, mas viu o iluminado atacante colombiano marcar duas vezes e garantir a virada contra a Seleção Canarinho.
A noite repleta de ineditismos começou nos pés de Gabriel Martinelli, pela primeira vez o atacante do Arsenal marcou pela Seleção Brasileira. Também na partida Luiz Diaz, pela Colômbia conseguiu também um fato inédito. O Camisa 7 marcou dois gols em uma partida pela primeira vez na Seleção Tricolor.
Do mesmo modo, pela primeira vez o Brasil de Diniz iniciou uma partida sem Neymar em campo, machucado o atual 10 da Seleção só deverá retornar em 2024. Improvisado na função, Rodrygo assumiu novamente a 10, o que não aconteceu pela primeira vez…
O básico e o risco histórico em não fazê-lo
Na Seleção Brasileira, Diniz não precisa ser um gênio do futebol, criar soluções milagrosas ou reformular os conceitos de jogo, ver o básico e fazer o básico provavelmente já seria o bastante. A desequilibrada convocação é igualmente inconstante em campo.
Como resultado disso, as consequências e evidências das escolhas de Diniz para a Seleção são cada vez mais claras. Desse modo, o treinador tem destacado seu nome e feito história no Comando Canarinho, infelizmente isso tem acontecido de forma negativa.
Nos últimos quatro jogos, por pouco não perdemos para a Venezuela em casa. Contra o Uruguai, uma derrota histórica. Agora, contra a Colômbia duas novas marcas inéditas: nunca tínhamos perdido antes para os colombianos, assim como não tínhamos tido uma sequência tão ruim nas Eliminatórias.
Oportunidades e escolhas para a Seleção
A sequência ruim evidencia a necessidade de uma mudança no rumo da Seleção Brasileira. Não necessariamente no comando, mas na maneira de conduzi-la. Antes de se preocupar em fazer um ‘trabalho autoral’ ou imprimir a força o “Dinizismo” na Seleção, o treinador brasileiro poderia reconhecer e oportunizar por setor.
Seria uma oportunidade perfeita para dar ao Brasil aquilo que faltou nos últimos jogos. O mesmo que a muito falta a Seleção, um meio-campista que possa parar a bola e conduzir o jogo.
Ao invés de improvisar Rodrygo como meia, deixá-lo livre na ponta e oportunizar Raphael Veiga como titular. Ao invés de colocar um ponta para fazer as vezes de lateral, usar um lateral de origem com as características necessárias para a função.
Claro, as características do Dinizismo podem e devem aparecer de forma moderada. Detalhes como empilhar jogadores de um lado e criar oportunidade de virada podem acontecer, desde que de fato a virada aconteça. Até aqui tudo que vimos do ‘método Diniz’ se resume a muito toque de bola e pouca bola jogada.
Endrick, uma estreia em meio ao caos
Também pela primeira vez o jovem atacante Endrick, de apenas 17 anos, poderia e deveria iniciar uma partida como titular da Seleção Brasileira. Mas assim não foi. Ao contrário, o jovem e promissor atacante Brasileiro entrou apenas no segundo tempo.
Diniz, que afirmou buscar ‘reduzir a pressão’ sobre o garoto, o mandou a campo para estrear em meio a uma derrota óbvia. Não que o Brasil não pudesse empatar, ou que em um desses lances furtuitos, que acontecem aos montes no futebol, não pudesse virar o jogo, mas em meio a bagunça que foi a Seleção Brasileira ontem, Endrick, assim como seus companheiros em campo, era apenas mais um no amontoado de jogadores do treinador.
Próximos passos para a Seleção Brasileira
É necessário ter paciência com a Seleção Brasileira, reconhecer o início de um ciclo e entender as necessidades de adaptação ao (e do) novo comandante canarinho. Dito isto, também é necessário deixar claro: Trata-se de um ‘técnico’ com status de temporário; Que poderia e deveria contribuir com a Seleção e seus jogadores; Mas que, em hipótese alguma, pode ser colocado acima de uma história pentacampeã.